Existe um homem
Ele é inglês, ou seja, o sotaque é lindo – se você gosta do inglês britânico, óbvio. A versatilidade, porém, lhe permite passear por diferentes personagens – e seus sotaques, que ele mantém mesmo nas entrevistas de divulgação. Ouvidos atentos, porte de lorde e exemplo de que o sucesso não acontece por acaso, ele ficou conhecido como “o novo Batman†- mas foi como o Bateman de “Psicopata Americano†que Christian Bale chamou a atenção. O que pouca gente sabe é o quanto ele suou a camisa para chegar onde está hoje.
Filho mais novo de um piloto comercial aposentado e de uma dançarina de circo, Christian Charles Philip Bale nasceu em Harverfordwest, Wales, no Reino Unido, em 30 de janeiro de 1974. Começou a atuar ainda criança em comerciais e séries de TV até conseguir um papel em “Império do Solâ€, de
Steven Spielberg, em 1987. Os elogios renderam outros papéis, que não trouxeram sucesso, mas lhe deram experiência. TV e filmes pequenos seguiram até a participação em “Adoráveis Mulheresâ€, de 1994, em que o galês mais uma vez atraiu os holofotes.
Dublou a animação “Pocahontas†– e, mais tarde, voltou ao mesmo enredo no papel de John Rolfe em
“O Novo Mundoâ€, de Terrence Malick. Também atuou nos cults “Velvet Goldmine†de Todd Haynes, e “Sonhos de Uma Noite de Verãoâ€, da obra de William Shakespeare, ao lado de gente de peso como
Michelle Pfeiffer, Kevin Kline e
Sam Rockwell. Então veio “Psicopata Americanoâ€, em 2000, e sua popularidade – ainda no circuito de arte, é bom ressaltar – cresceu como nunca.
Foi como o sétimo ator a interpretar o homem-morcego que Christian Bale apareceu pro mundo em
“Batman Beginsâ€, dirigido com maestria por Christopher Nolan, de “Amnésiaâ€. Alguns crÃticos chegaram a dizer que um “desconhecido†interpretava Bruce Wayne, ignorando os 20 anos de experiência e o cacife de Bale.
Falar que Hollywood se rendeu ao talento dele seria chover no molhado. Os papéis e a conta bancária foram ficando maiores. Os convites para outros filmes de renome não pararam de surgir e o ator soube escolher bem. Destaque para o quase-vilão Alfred Borden do ótimo
“O Grande Truqueâ€, também de Nolan; e para o complexo insone Trevor Reznik d’O Operárioâ€, de Brad Anderson, em que Bale perdeu 30 quilos para interpretar o papel.
Ainda participou no aclamado “
Não estou láâ€, também de Todd Haynes, sobre as várias faces de Bob Dylan. E, claro, na esperada continuação de “Batman beginsâ€. Se em tantos anos de luta, Christian Bale se esforçou tanto pra conseguir o estrelato, imagine então o que ele não fará para mantê-lo.
Por trás da máscara