Do alto dos meus vinte e três anos, eu já vi várias histórias – ficção ou não - sobre dois amigos inseparáveis, que compartilham segredos e momentos. A sinopse de "Rio" realmente tem um quê de Dawson's Creek: Stan (Adam Budd) e Rotz (Maya Batten-Young) se conhecem, ficam amigos, cuidam um do outro e descobrem mais sobre o outro e si próprios enquanto cultivam a amizade. Stan e Rotz podem ser Dawson e Joey, mas podem também ser aquele casal de amigos um pouco estranhos na fila do Indie.
Sensacional a forma atrapalhada como ele chega para abordá-la em um café. Melhor ainda ela ter recusado a aproximação em um primeiro momento. É isso que a gente deve fazer quando um estranho senta à mesa em que estamos e começa a falar sem parar, certo? E é assim, contando uma história verossÃmil de amizade, que o filme segue até o final (que não vou contar pra não fazer spoiler, mas compartilhem comigo depois quem viu).
Há aquela falha básica de roteiro, já que acho impossÃvel Stan saber que o pai de Rotz não é vivo só depois de sei lá quanto tempo dividindo o mesmo apartamento com a amiga. Mas vamos perdoar, já que é bonito ver que os amigos nem sempre sabem se expressar (eles vivem começando as frases como um "it is like"), mas nem por isso não se entendem . Compreender o silêncio do outro faz parta da amizade também. Aliás, amigo é coisa né?