Ricardo e o irmão-gêmeo Luiz são diretores e protagonistas do curta “Às vezes é melhor lavar a pia do que a louçaâ€. Ele conversou com o público no domingo, no debate do público com os diretores da competitiva brasileira 1. De lá tiramos alguns retalhos:
O que te levou a fazer esse filme?
Ricardo: Eu comecei a fazer filmes para não morrer. Parece uma coisa dramática, mas não é. Eu comecei nos filmes para ter alguma coisa para fazer, criar algo.
Como surgiu o curta?
Ricardo:A gente estava numa pizzaria e surgiu a primeira idéia. A casa é de um amigo nosso que tinha acabado de ser pai, ele estava no hospital e emprestou o lugar. A filmagem foi feita em um dia e a montagem durou três meses, pensando os planos curtos e longos, as telas pretas, o som...
O som de fundo, da praia, do mar, é muito alto no filme. E essa coisa que está ali o tempo todo pelo som mas não aparece é que cria um lugar na cabeça de quem assiste, pela memória.
Ricardo: O som é muito importante, nos três meses de montagem nós trabalhamos muito com o som, tentamos muita coisa. Nas filmagens a gente deixava o microfone aberto e jogava o boom (a vara que sustenta o microfone acima da cena) para o alto, tentando captar ao máximo os sons que rodeavam aquele lugar.