A idéia por trás de “O Processo†é tão absurdamente simples que chega a cansar ali perto do final. Mas naquele ponto você já gastou quase todo seu estoque de risadas.
Há dois homens conversando mas nenhuma imagem deles, somente o som gravado de uma ligação telefônica onde o diretor conversa com um amigo. O que realmente aparece, os grandes personagens, são as palavras.
A conversa vai surgindo na tela, palavra a palavra, num grande trabalho de tipografia - e pouca gente se arrisca no jogo plástico com as palavras numa tela de cinema ou vÃdeo. Aqui, a graça aparece muito rápido: na fonte escolhida, no processo de criação do curta, no ritmo com que cada som é metralhado nos cantos e no centro da tela. É na verdade um ótimo desenho onde as letras é que são animadas. E acabam retribuindo o ânimo na gente, que assiste.