...e todo mundo achava que com o terceiro Poderoso Chefão e Os Bons Companheiros, tudo que se podia dizer de interessante sobre a máfia já havia sido dito. Só restariam variações menores, certo? Bem, a melhor coisa desse tipo de afirmação é que ela sempre dá com os burros n’água.
Na época da estréia na HBO em 1999, a imprensa reduziu ‘FamÃlia Soprano’ a uma sátira dos mafiosos de Hollywood. Treze episódios depois, aquilo que seria piada terminava com palmas vindas de todo lado. A produção impecável e as atuações monstruosas do elenco capitaneado por James Gandolfini davam a medida exata para a história de Tony Soprano, um homem em crise com sua(s) famÃlia(s).
De um lado, era um chefão da máfia rebaixado ao posto de sub-gerente pelo tio, Júnior. Do outro, não adiantava mais ser só o capo machão dentro de casa, com a própria noção de ‘famÃlia’ em revolução. E, sob tensão, o mafioso começa a ter crises de pânico. E procura ajuda de uma psiquiatra. E o sub-mundo de Nova Jersey e a televisão já não tinham como não se enxergarem diferentes – em apenas 13 episódios.
Os extras: Dava para esperar mais. Um episódio com comentários do diretor, uma ótima entrevista com o criador da série, David Chase e dois pequenos vÃdeos, um dedicado ao elenco e outro apenas a Tony Soprano.