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Lixo extraordinário
Logo no início (a parte menos interessante) de “Lixo extraordinário”, Vik Muniz diz que o que mais o incomoda no Brasil é “a classe rica, educada, se achar melhor que os outros [os pobres]”. É uma colocação que soa superficial e meio estúpida, já que esse não é um defeito exclusivo do país, nem é de longe seu maior problema. E especialmente porque algumas falas do artista sobre o projeto que pretende desenvolver e sua atitude inicial, “evangelizadora” e paternalista, com os personagens que vai retratar reflete essa mesma arrogância – algo que ele próprio admite mais tarde.