Busca

»»

Cadastro



»» enviar

Ludov e Som da Rua ao vivo

receite essa matéria para um amigo

Som da Rua – Pop Rock Café, BH, 24/11




Ludov – Lapa Multishow, BH, 26/11




Esta resenha fica como uma das lembranças bacanas que o vocalista Liô Mariz deixou para o Pílula. Fomos conferir pela segunda vez, nos mesmos lugares, as apresentações de duas das bandas mais bacanas do país, os cariocas do Som da Rua e os paulistas do Ludov. Antes de começar, os ganhadores da promoção foram divulgados no Plantão. Basta procurar o primeiro post do dia 12 de dezembro. Sorteamos dois singles do Som da Rua, uma camiseta e imãs. Presenteamos também duas pessoas com EP do Ludov, adesivos e boton.

Som da Rua

Seja como for

por Rodrigo Ortega

Fotos: Rodrigo Ortega e Braulio Lorentz


De baixo

Coerência é a primeira palavra no dicionário da banda carioca Som da Rua. Depois de tocar em festivais e lançar discos independentes por seis anos, eles assinaram em 2004 com a Deckdisc (Pitty, Falamansa, Cachorro Grande). O resultado foi Músicas para violão e guitarra, produzido por Rafael Ramos. “A gente quer mais é ser feliz e fazer música para tocar no rádio“, resumiu o baixista João Rodrigo, em entrevista ao Pílula Pop. Fomos conferir essas músicas no dia 24 de novembro, quinta-feira, no Pop Rock Café, em Belo Horizonte, onde eles já haviam tocado no início do ano.


De cima

O clima de “a mesma pessoa, no mesmo lugarâ€, como diriam seus conterrâneos do Polar, foi amenizado com nova versão no repertório: “Everlongâ€, do Foo Fighters. Antecipar os pedidos de “toca Raul†e tocar “Cowboy fora da lei†foi piada repedida, mas não perdeu a graça. Assim como a divertida versão de “O Viraâ€, dos Secos e Molhados, que proporcionou os momentos de maior interação com o público, que era digno de uma quinta-feira nublada. Outros bons momentos foram as chicletudas canções de trabalho “Tanto Faz†e “Só uma cançãoâ€. “Só ver estas pessoas cantarem aqui na frente já valeu a noiteâ€, disse o vocalista Lio Mariz.


No chão

O bom-humor entre os integrantes da banda é notável. O staff do Pílula Pop não tem esta personalidade tão definida. No final do show, o tecladista Fabrizio Iorio nos oferece uma latinha de Coca-Cola para gastar sua ficha de consumação. Fato normal em qualquer boate com consumação fechada, mas nem tanto para quem se lembra da lição do crítico Lester Bangs no filme “Quase Famososâ€: “o jornalista não deve aceitar bebidas oferecidas pela bandaâ€. A garganta refrescada, o teor alcoólico zero, a consciência pesada e a banalidade da situação podem levar às seguintes conclusões:

1. Somos mais doidões que Lester Bangs.

2. Somos mais caretas que a Sandy.

3. Sem querer ser chato, mas não me interessa quem são vocês. Eu queria saber sobre o show.


De ladinho

Nada mais sensato do que a resposta 3. Mas ainda não sabemos que tipo de jornalista, careta ou não, vai cobrir um show em Belo Horizonte, em plena madrugada de quinta-feira. Neste ponto retomamos a hipótese de que somos muito doidões. Ou nerds, por nos dedicarmos tanto, apenas pela certeza de que o Som da Rua é uma boa pauta. Se a coerência é bacana, não saber definir também pode ser legal, como no refrão que valeu a noite: “Ah, essa é só uma canção/ que não fala de amor/ mas que fala pra ti/ seja como forâ€.

Ludov

Da segunda vez

por Braulio Lorentz

Fotos: Braulio Lorentz e Mariana Marques


Vanessa gesticula e nossa câmera capta o movimento

Com clima de replay, o quinteto paulista Ludov esteve pela segunda vez em Belo Horizonte para divulgar as canções de seu disco de estréia, O exercício das pequenas coisas. Da primeira vez, em abril deste ano, a banda havia pisado no mesmo palco do Lapa Multishow e tocado com duas das mesmas bandas: Gardenais e Antenafobia. Detalhe explicado pelo fato do guitarrista da primeira e do vocalista da segunda serem os produtores dos shows.

Troque a sexta 1º de abril pelo sábado 26 de novembro. Retire a banda local Enjoy da escalação e coloque a também belo-horizontina Scarcéus em seu lugar. Acrescente os paulistas do Frila e invente um nome para a empreitada. “Que tal Cena Rock Brasil? â€, pensou alguém. O nome não é ruim, mas as intenções são ainda melhores.


O guitarrista do Frila coloca o cabelo para balançar

Depois das pancadas do Scarcéus, do pop bacana do Gardenais, da melancolia do Antenafobia e do “Isso é Rappa? Não, isso é Rage Against! †do Frila, o Ludov enfim apareceu. Sem muitas surpresas, em alguns momentos parecia até que tinha gente que sabia a ordem das canções. “Ah não... Vocês estão acertando todas!â€, disse a vocalista Vanessa Krongold. A frase veio quando a platéia pediu o hit “Princesaâ€, segundos antes do começo da música que colocou o Ludov no mapa da música pop nacional. O mesmo aconteceu com “Estrelasâ€, “Gramado†e “Sete Anosâ€. Se bem que esta última é fácil de acertar, já que é quando Vanessa pega a guitarra e Mauro Motoki assume os vocais principais e cuida só do teclado, sem empunhar a guitarra.


Momento “troca de papéisâ€: Mauro canta e Vanessa toca guitarra

Na primeira vez em BH, o Ludov havia sido a única banda daquela ocasião a não tocar músicas de outrem. Na segunda apresentação, deixaram claro que não tocam realmente melodias de outras bandas. Mesmo se levarmos em conta que uma dessas possuía os mesmos integrantes do Ludov em sua formação.

Os pedidos de canções do The Maybees, então, eram apenas garantia de rouquidão no dia seguinte. Os gritos de “Érika!†(canção do Maybees) não foram atendidos, assim como os de “Melancolia!â€, balada que fecha o primeiro EP do Ludov.


“Elaaa se esquecia de tudoâ€

Esses pedidos continuaram até Motoki entregar o jogo: “A banda toda estava afim de tocar “Melancoliaâ€, mas eu esqueci como tocar no tecladoâ€. “Da primeira vez†e “Dois a rodarâ€, como na primeira vez, fecharam a noite. Rodar pela segunda vez não deixa de ser divertido, com a vantagem da chance de cair com certeza ser muito menor. Mas tomara que a próxima rodada coletiva dos fãs do Ludov em BH seja ainda melhor do que essas duas primeiras.

» leia/escreva comentários (38)