Gigantes de Aço


Nossa avaliação

[xrr rating=3/5]

Sylvester Stallone parece ser a principal inspiração para “Gigantes de Aço”. E quando digo principal é porque não é, nem de longe, a única. O clássico lacrimogêneo “O Campeão” dá a sua contribuição, assim como o blockbuster “Transformers”. Mas são dois filmes do Stallone que a produção dirigida por Shawn Levy parece obcecada em atualizar.

O mais óbvio é “Rocky” (especialmente o primeiro e o quarto filmes). Um pouquinho menos óbvio é “Falcão – O campeão dos campeões”, figurinha fácil na antiga Sessão de Sábado. Se a história do boxeador desacreditado que desafia o grande campeão do esporte é o mote central de Gigantes de Aço, o pai caminhoneiro que viaja com o filho mimado pelas estradas dos Estados Unidos até conquistar seu afeto é a trama paralela que quer te fazer chorar.

Hugh Jackman é um ex-boxeador que ficou sem emprego depois que o esporte foi substituído pela luta entre robôs. Tornando-se uma espécie de treinador e manipulador destes robôs (olha aí o “Pokemon” como mais uma inspiração), ele está sempre em busca do lucro fácil. Mas as coisas mudam quando uma ex-namorada morre, deixando o filho com o qual ele nunca teve contato. E é o garoto que vai encontrar um antigo robô abandonado que se transformará em sensação do boxe.

Sim, você sabe o que vai acontecer no final. E sim, Levy não sabe dirigir atores. Mas a verdade é que “Gigantes de Aço” é uma diversão competente. O melhor da produção está nas cenas de luta entre os robôs, que são empolgantes e com efeitos especiais excelentes. A história da relação entre os humanos tira um pouco a força do filme, especialmente quando entra em cena a personagem de Evangeline Lilly (de “Lost”).  Mas o diretor até que se sai bem ao estabelecer o personagem de Jackman como uma figura desprezível para, aos poucos, ir nos fazendo gostar dele. Assim, o público acompanha o crescimento do afeto do filho pelo pai, e para isso Levy usa o velho recurso de planos abertos (para mostrar a distância entre os dois) que vão aos poucos se fechando ao longo da projeção, mostrando a crescente aproximação.

Com produção de Steven Spielberg e Robert Zemeckis, “Gigantes de Aço” é isso. Muitos clichês, nenhuma originalidade e personagens cativantes. Filme para esquecer assim que sair do cinema. Pelo menos até as infinitas repetições nas futuras Sessões de Sábado. Ou da Tarde.


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