A Origem dos Guardiões


Nossa avaliação

[xrr rating=3/5]

Contos de fadas, ícones do cinema, clássicos da literatura. Tudo agora tem sido “modernizado”. A moda é pegar algo já conhecido, injetar um ar um pouco sombrio, cortes de cabelo modernosos, atitude rock n’ roll e muita ação. E é claro que o Papai Noel, o Coelho da Páscoa e a Fada dos Dentes não poderiam ficar de fora. Junte-se a eles os pouco conhecidos dos brasileiros Sandman (responsável pelos sonhos) e o protagonista Jack Frost (responsável pela chegada do inverno) e você tem “A Origem dos Guardiões”.

A animação é visualmente original, dando belas representações para os poderes de cada um, além de contar com um design de produção inspiradíssimo não apenas para as roupas dos personagens, mas também para a moradia/base de operações de cada um deles. A história conta a inserção de Jack Frost nos Guardiões do título, uma espécie de Vingadores formados por lendas infantis. A superequipe precisa enfrentar o bicho-papão e salvar as crianças do mundo de um pesadelo eterno.

Recheado de piadinhas que funcionam menos do que deveriam, o filme constrói boas cenas de ação e tem um ritmo irregular ao tratar do arco narrativo de seu personagem principal: Frost precisa descobrir sua função no mundo, e até lá ele pode acabar causando mais irritação do que simpatia no espectador. A dinâmica entre os integrantes da “liga” funciona, apesar de que poderia ser bem melhor aproveitada. O Papai Noel tatuado e bonachão parece um caminhoneiro (e com chapéu russo acaba lembrando demais algum soldado do Exército vermelho comunista), o Coelho da Páscoa se pretende um badass e a Fada dos Dentes é estranhamente sexy. Mas nada disso é verdadeiramente aprofundado, e seus conflitos que deveriam ser óbvios acabam se restringindo ao visual e a algumas poucas frases soltas.

“A Origem dos Guardiões” é um filme de ação, com um vilão assustador, cenas vertiginosas (e que ficam fantástica em 3D) e personagens mal desenvolvidos que contam demais com a nossa pré-concepção a respeito deles. O roteiro é formulaico e a conclusão não foge do esperado. Mas no balanço final, diverte. É filme-pipoca dos mais bem feitinhos, que abusa do poder do cinema em nos mostrar aquilo que nunca sonhamos ver. E consegue.

PS: Há uma cena extra durante os créditos.


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