Destaques vários e variados no mundo das HQs estadunidenses. Sendo assim, pulemos os preâmbulos…
“Fables #116” mostra que o título da Vertigo continua a ser um dos melhores em circulação, com uma sequência de tirar o fôlego, retratando a viagem de um dos “filhotes de lobo” através de vários mundos.
“Amazing Spider-Man #684” dá continuidade à ótima saga “Ends of the Earth”, em que o Aranha enfrenta um plano de dominação global por parte do Sexteto Sinistro. Nesta edição o destaque vai para o embate histórico entre o cabeça-de-teia e o Homem-Areia, em pleno deserto do Saara. Digamos apenas que o terreno não está a favor do herói.
“Wonder Woman #8” continua a odisseia da amazona por uma refrescante nova visão da mitologia grega. O ponto de parada da vez é o submundo de Hades, que se transforma, na interpretação de Brian Azzarello e Cliff Chiang, em uma das versões mais bacanas do inverno já retratadas em quadrinhos.
“Justice League #8” foca nas tentativas do Arqueiro Verde atrair a atenção da Liga e conquistar um lugar na equipe. Apesar de alguns pontos interessantes, como a mecânica perigosa do teletransporte do Ciborgue (que, usando tecnologia Apokoliptiana, tem uma tendência a transportar os heróis para o mundo governado por Darkseid de vez em quando), ou a nova relação antagônica da equipe com o Caçador de Marte, a edição acaba sendo afundada pela inexplicável atitude adolescente da Liga.
Por fim, a “grande saga do ano” chega à sua segunda edição com “Avengers Versus X-Men #2”, e supera todas as expectativas. Quer dizer, quem leu a porcaria que foi a primeira edição com certeza veio com as expectativas mais baixas possíveis, e a edição conseguiu fazer o que parecia impossível: piorar ainda mais.
Não há trama. Os Vingadores pulam do seu porta-aviões aéreo e saem no pau com os X-Men. Hope (ou Esperança, como é conhecida por aqui) foge e Wolverine a persegue, inexplicavelmente decidindo que o objetivo da missão não é colocar a garota em “custódia protetora”, mas sim matar a pobre coitada. Ninguém para e pensa que os poderes da jovem mutante envolvem a “imitação” de super-habilidades alheias, o que significa que talvez nem seja a Fênix afinal de contas.
Mas o pior de tudo é a narração “poética” do roteirista Jason Aaron. “Músculos irradiados se contraem. Metal orgânico geme.” “A mão que tocou o fundo da fossa das Marianas encontra um queixo feito de pedra viva.” “Diamante orgânico encontra armadura multibilionária. O soco mais caro da história.” E assim em diante, só piorando. Digamos que a coisa é tão ruim, mas tão ruim, que a partir de agora a poesia Vogon já não é mais a terceira pior do universo.
Mas nem tudo está perdido. Ainda faltam mais dez edições, e aposto que a qualidade do crossover não tem como piorar mais, ou eu como a próxima edição. O que, provavelmente, seria uma experiência melhor do que ler esta…