HQs da semana: 9 de maio


Nossa avaliação

Enquanto “Os Vingadores” continua a bater todos os recordes de bilheteria, a Marvel tenta pegar a onda do sucesso cinematográfico com “Avengers Assemble #3”. O título não apenas mostra uma formação da equipe idêntica à do filme, como traz ainda a “revelação” do vilão por trás dos planos do novo Zodíaco, e, adivinhem só: é o mesmo cérebro por trás das tramóias do Loki de celulóide. Pra não estragar a surpresa pra quem ainda não viu o filme, vamos chamá-lo apenas de “malvadão cósmico roxo”.

O roteirista Brian Bendis sempre foi um dos melhores escritores de diálogos “realistas”, tendo um bom domínio das gírias e cadências da fala das “pessoas comuns”. Por outro lado, ele nunca conseguiu escrever gênios do mal, deuses asgardianos ou magos supremos de maneira convincente. Aqui, seu “malvadão cósmico roxo” soa descerebrado, e o mais novo retorno do vilão ao Universo Marvel promete ser um dos seus momentos mais patéticos, competindo com aquela vez em que ele perseguiu Patsy Hellcat em um mini-helicóptero.

Já no campo “DC”, o destaque vai para “Green Lantern #9”, edição que traz todos os elementos que fizeram do título do gladiador esmeralda um dos mais vendidos da editora, desde que Geoff Johns assumiu os roteiros. Temos a relação de amor e ódio entre Hal Jordan e Sinestro, “retcons” que alteram o passado do universo DC para incluir as tropas coloridas, e os Guardiães da Galáxia se superando na calhordice. E aqui, onde o foco é a “Tribo Índigo”, todos esses elementos se interconectam de um modo natural e empolgante. Se “Green Lantern” tem algum defeito, é o mesmo de sempre: o título parece muito curto, resultando em, no máximo, uns 10 minutos de leitura.

De volta ao lado Marvel, “Wolverine and the X-Men #10” consegue ser um dos poucos títulos relacionados ao crossover “Avengers versus X-Men” que não é um completo desastre. E, considerando que a edição consiste basicamente em uma série de conversas, o feito de Jason Aaron e Chris Bachalo deve ser reconhecido. Parte do crédito vai para o primeiro, que consegue criar uma discussão engajante entre Ciclope e Wolverine, que aprofunda e esclarece muitos pontos da “cisma” entre os líderes mutantes, sem pintar um como um fanático e o outro como um hipócrita. Sem mencionar que o único diálogo de Kid Ômega, que vem se mostrando um dos personagens mais divertidos das revistas mutantes, é de fazer rir alto. Mas a maior parte do crédito deve ir para o desenhista, que consegue tornar cada conversa visualmente interessante, experimentando com enquadramentos e composições. Este é, sem dúvida, um dos melhores títulos que a Marvel publica atualmente.


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