[xrr rating=3/5]
Jason Voorhees. Freddy Krueger. Michael Myers. Tubarão branco gigante. Piranhas pré-históricas. Alligator. Anaconda. E agora lobos selvagens. O cinema do gênero serial killers superpoderosos atacando um grupo de pessoas indefesas acaba de ganhar novos integrantes em “A Perseguição”.
Como bem apontou nosso Daniel Oliveira, o filme não é sobre os personagens, mas sobre qual deles será a próxima vítima. E é bem isso mesmo.
Liam Neeson faz o misterioso encarregado de manter os lobos selvagens distantes de uma fábrica no Alasca que tem em sua folha de pagamento vários ex-presidiários perigosos. O avião de volta para casa cai e os sobreviventes são obrigados a enfrentar o frio e os lobos. Começa então uma perseguição digna de “Sexta-Feira 13”, com os assassinos espreitando as vítimas que se reúnem em torno de uma fogueira no meio de uma floresta ou em um campo aberto na neve.
O filme segue direitinho a cartilha do grupo heterogêneo, com o durão, o sensível e o chato encrenqueiro. Estabelece-se uma tensão constante de que a morte pode vir a qualquer momento, mas o suspense está muito mais ligado à nossa curiosidade sobre quem será o próximo a servir de banquete para os lobos do que nossa preocupação com os personagens.
A verdade é que não há identificação e pouco conhecemos daqueles homens para torcermos por eles. Mesmo o personagem de Neeson não é muito bem explicado, e apesar de compreendermos que se trata de um homem desiludido com a vida, nunca entendemos claramente suas motivações.
Apresentando bons momentos de ação com outros não tão interessantes de “paz”, o filme acaba apresentando um ritmo irregular, até pretendendo faz uma discussão acerca de fé e religião que fica apenas na superfície. No mundo hostil de “A Perseguição”, nada – e nenhum homem – é páreo para o poder da natureza. Seja esse poder divino ou não.