O tempo é curto e, por isso, a coluna desta semana será mais enxuta. Mesmo assim, não podíamos deixar alguns dos destaques passarem em branco.
O primeiro deles é “Supercrooks #1”, estreia do novo título autoral de Mark Millar, com os ótimos desenhos de Leinil Yu. A trama gira em torno de um grupo de criminosos com superpoderes que, cansados de sempre serem capturados pelos heróis e precisando de grana para saldar uma perigosa dívida, decidem mudar sua área de atuação para um país sem justiceiros fantasiados.
Millar, que não é nada bobo, já escreve o título pensando em vender os direitos para a adaptação cinematográfica. “Supercrooks” é escrito como um filme, com um ritmo mais lento e mais cuidado na caracterização dos personagens. Tem a velha cadência de diálogo típica do autor, mas não oferece nenhum conceito radicalmente novo, resultando em algo próximo a um “Onze Homens e Um Segredo” com supervilões.
O outro destaque da semana é “Wonder Woman #7”. O título da amazona, escrito por Brian Azzarello, vem consistentemente oferecendo diversão a cada mês com a reinterpretação da mitologia (literalmente) da heroína. Na edição de março conhecemos um pouco mais sobre o deus da forja, Hefaistos, e seus ajudantes, que têm uma ligação sinistra com a Ilha Paraíso das amazonas.
Basicamente, Azzarello vem tornando a Mulher-Maravilha mais e mais interessante sem alterar em nada a personagem. Mas sim revisando o “mundo” fantástico no qual ela se insere, transformando o pano de fundo da estória de um universo asséptico e idílico em algo muito mais perigoso e imprevisível.