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Paralytic Stalks, décimo-primeiro (!) álbum da banda Of Montreal (que não é canadense, só para registrar) vem sendo apresentado para nós desde o longínquo 2011. Uma pré-gravação daqui, a (linda) capa do álbum dali, tudo foi gerando uma onda de ansiedade e expectativa que, finalmente, terminou semana passada, quando o álbum foi vazado lançado para nós, mortais.
Apesar da expectativa ter sido maior do que a realidade, chamar o álbum de “decepcionante” seja talvez pesado demais. A banda sempre surpreende com um soco no estômago, o que pode ser bom. Kevin Barns e sua turma conseguiram, por exemplo, a rara proeza de gravar um álbum contínuo, sem pausas entre as músicas e é quase impossível identificar a mudança entre as faixas. Por isso, a principal dica para uma audição adequada desta obra é: ouça de uma só vez.
Paralytic Stalks está beeeeem distante do False Priest de 2011 e se parece mais com um filho tardio daquela época pré-Hissing Fauna (quando tudo era mais loucaço). Dessa vez, temos um Of Montreal bem à vontade com seu rótulo de “pop barroco”, ou representante musical da “neo-psicodelia”.
Os destaques de Paralytic Stalks:
Spiteful Intervention – tem um jeitinho bem familiar com belas frases e refrões grudentos.
Dour Percentage – umas flautinhas daqui, umas frases de efeito de lá, e acaba virando uma bela catarse instrumental.
Ye Renew the Plaintiff – começa atrapalhada, mas de repente ganha uma bateria familiar (alguém mais reconheceu a batida meio Interpol?) e dois belos solos de guitarra. Lá pela metade ela vira outra música e, por fim, volta a ser ela mesma (confuso, porém agradável, acreditem).
Se ainda não tiveram a oportunidade, confiram as faixas Dour Percentage e Wintered Debts na lista abaixo: