Se você sentir a completa ausência do Dr. Owen Hunt em “Don’t deceive me (Please don’t go)”, com exceção de uma solitária cena, é porque essa foi a estreia na direção do ator Kevin McKidd. E ao que tudo indica, deve ser o primeiro de vários, já que apesar de mediano, o episódio foi o arroz com feijão básico da série. Não avançou muito a história, nem foi particularmente engraçado ou emocionante, mas teve um pouco dos três.
É pra frente que…
Derek começou enfim seu estudo clínico sobre Alzheimer. E Meredith ficou puta porque ele escolheu Alex e não ela como residente do projeto. A esposa do paciente era a Rose de “Lost” (L. Scott. Caldwell), então era difícil prestar muita atenção em outra coisa que não o fato de que o marido dela não era o Bernard. A trama do casal foi um drama romântico como milhões de outros que já passaram pelo Seattle Grace – e o mais do mesmo impediu que a história tivesse o impacto emocional pretendido.
A grande moral da storyline foi que, depois de internar o irmão com demência, Karev não queria passar dois anos lidando com pacientes mentais. Compreensível. E Meredith – maior especialista do universo em portadores de Alzheimer problemáticos, agressivos e abusivos – foi quem salvou a pele dele. O resultado disso na cena final você pode imaginar…
Make’em laugh, make’em laugh…
Bailey está twittando. Sim, isso mesmo. E você pode seguí-la aqui. Levando para a série uma prática real – médicos supervisores estão usando o Twitter como ferramenta de ensino para residentes nos EUA – a história começou boba e sem muito objetivo e se tornou a mais engraçada do episódio. Só teria sido melhor se o paciente da cirurgia em questão tivesse sido apresentado antes, para nos importarmos ao menos um pouquinho com ele.
Picada pela twitter-fever, Miranda passa a usar Lexie e April para twittar suas cirurgias ao vivo, de dentro da SO. Quando o chefe descobre, não fica nada satisfeito, imaginando pilhas e pilhas de processos na sua frente – no que eu meio que concordei com ele. Confrontada, Bailey dá uma série de justificativas envolvendo contratos e assinaturas e blablablá. Mesmo assim, Webber manda parar a operação até ele entender melhor a ferramenta. Mas ela é a Nazi e, claro, não obedeceu – incentivada pelo discurso mais hilário da noite, em que Lexie usou “O silêncio dos inocentes” (!?) para embasar o direito de twittar.
Elas são flagradas pelo chefe. Uma confusão com o paciente é solucionada pelos seguidores de Bailey. E, numa prova de que o Twitter 1) pode salvar o mundo; e 2) é irresistível, Webber acaba se viciando na ferramenta. Sem entender muito a ideia de síntese e 140 caracteres, diga-se a verdade. E sério: ele acaba fazendo a falecida Ellis Grey entrar na Twitter-fever.
Três médicos, um bebê e um drama (e uma obstetra GATA)
Caso você ainda não saiba: Callie, de volta com Arizona, está grávida do Sloan, que acabou de reatar com Lexie. DRAMA. Na verdade, o episódio tratou o caso todo de forma mais cômica, com Callie & o pai adúltero & a amante lésbica (três médicos) enlouquecendo a nova obstetra Lucy Fields (Rachael Taylor, de “Transformers”, que nos fez gritar OLÁ ENFERMEIRA OBSTETRA!).
A ciranda quadrangular amorosa avançou pouquíssimo e a histeria de Callie pareceu meio forçada. O que ela acabou fazendo foi desperdiçar na mesma storyline três médicos que podiam ter tido pacientes interessantes (em falta na semana). Os únicos destaques foram Arizona confessando a Teddy que está esperando um filho do Sloan; e a reação de Lexie ao saber da notícia, a melhor cena do episódio.
De volta para o…
Só pra registrar: Cristina ROCKSTAR Yang está de volta. E ela vai usar a babaquice e a estupidez de Avery para te fazer rir muito. De quebra, o trauma fez, sim, ela crescer como médica. A corrida para Residente-chefe está em aberto…
Semana que vem, um velho conhecido visita Lexie & Meredith. E traz companhia.