Episódio leve, divertido e centrado nos personagens. O Dia dos Namorados foi só um pano de fundo para compreendermos melhor a natureza das relações entre os amigos. Jeff, acusado de sua constante insensibilidade, resolver dar um tempo no grupo, e deixa de ir ao baile dos namorados para ver um jogo de futebol com o professor Duncan.
Enquanto isso, Britta faz amizade com uma suposta lésbica, Pierce afunda cada vez mais em seus remédios e alucinações e Abed e Troy se apaixonam pela mesma mulher, a bibliotecária de Greendale: “Eu queria ser um livro. Ela poderia me pegar, folhear as minhas páginas e garantir que ninguém desenhasse genitálias em mim”.
O episódio se equilibra muito bem em três tramas paralelas e igualmente divertidas. A primeira segue Jeff em sua casa assistindo ao jogo com Duncan. A chegada de Chang (sempre ele!) desestabiliza a situação, que culmina em uma festa. A segunda trama mostra a disputa amigável de Troy e Abed pelo amor da bibliotecária, e como cada um tenta convencê-la de ser a melhor escolha. E finalmente, temos Britta indo ao baile com sua amiga lésbica sem saber que, na verdade, a garota não é lésbica, apenas pensa que Bitta é gay e acha cool ser amiga de uma lésbica (exatamente o que Britta pensa).
Annie aparece pouco, mas em situações marcantes (especialmente no final). Já Pierce vem adquirindo uma personalidade cada vez mais sombria e autodestrutiva, alucinando e tendo um final mais pesado do que o esperado em uma série de comédia (mas é curioso tentar imaginar o que vai acontecer com ele a partir de agora). E Shirley mais uma vez quase não aparece. Os roteiristas devem está guardando muita coisa para sua relação com Chang, mas é impressionante como ela é de longe a personagem menos explorada.
As piadas funcionam, a história faz com que nos importemos com os personagens e suas relações se tornam cada vez mais complexa. O segundo ano vai, aos poucos, entrando nos trilhos…