HQs: Fables #100


Nossa avaliação

A semana que passou foi outra semana “parada”, com poucos títulos de expressão. Vai ver é a temporada de feriados americanos, que começa no fim de novembro (com o Dia de Ação de Graças) e vai até o ano novo; ou vai ver é o clima de inverno por lá, que atrasa as entregas de títulos às comic shops nessa época.

O grande – e único – destaque da semana é a edição comemorativa de “Fables”, um presentão de natal adiantado para os fãs. Conhecida por aqui como “Fábulas – Lendas no Exílio”, a revista narra a história de personagens diversos da literatura infantil clássica sobrevivendo como refugiados na Nova York dos dias de hoje, e já teve cinco volumes lançados no Brasil pela Devir.

A centésima edição vem recheada de extras, que incluem:  uma história do Pinóquio em que o roteirista Bill Willingham e o artista Mark Buckingham trocam de atribuições; um conto estrelado pela Polegarina e outro com os três ratinhos cegos; uma seção Burning Questions, em que os autores solucionam dúvidas dos fãs com histórias de uma página (desta vez foram questões sobre celebridades americanas); uma coleção de personagens e cenários recortáveis para um teatro de fantoches; e um jogo de tabuleiro intitulado “Fuga para a Mansão Lobo”.

E não pense que a narrativa principal é negligenciada: são 68 páginas de história, dando continuidade à “novela” das fábulas no mundo real. Nesta edição acompanhamos o esperado duelo entre Frau Totenkinder – a bruxa de “João e Maria”, rejuvenescida e lutando do lado dos mocinhos – e Mister Dark – ninguém menos que o próprio Bicho-Papão. Mas não se engane: a série não é infantil!

Ela faz parte da Vertigo, o selo de quadrinhos adultos da DC. Totenkinder é uma bruxa que extrai poder do sacrifício de crianças, enquanto Mr. Dark engole os dentes de suas vítimas para escravizar seus espíritos. O duelo dos dois é épico, graças à habilidade do roteirista em conferir à magia daquele universo regras simples e bem definidas.

Quem acompanhou os volumes lançados por aqui, sabe que um dos grandes diferenciais da série de Willingham e Buckingham é a constante evolução dos personagens e do status quo. A centésima edição traz aquela que é talvez a terceira ou quarta mudança drástica na situação das fábulas. E, ao contrário das “grandes” mudanças das séries de super-heróis, que quase sempre não passam de golpes publicitários, em “Fables” elas sempre servem prioritariamente à narrativa. São novos dramas e desafios para serem enfrentados por personagens que, após 100 edições, se tornaram queridos como velhos amigos para os fãs.

 

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Uma resposta para “HQs: Fables #100”

  1. Muito bom saber que Fábulas continua muito bem em sua centésima edição. Acho que é o único trabalho decente do Bill Willingham.
    Só uma pequena correção no texto, Fábulas foi publicada aqui no Brasil também pela Pixel e atualmente é publicada pela Panini.

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