HQs: Batman: The Return, Batman Inc. e Avengers


Nossa avaliação

 

A volta do que não foi

 Apesar do título de “Batman: The Return”, o “retorno” de Bruce Wayne não acontece nessa revista, mas sim na série chamada “O Retorno de Bruce Wayne” (dã). De qualquer forma, essa edição especial serve como um ótimo ponto de partida para quem quer (re)começar a acompanhar as aventuras do morcego, resumindo bem a sua nova missão. “Começando hoje, nós enfrentaremos idéias com idéias melhores”, explica Wayne. “A idéia de crime, com a idéia de Batman”.

Se há um ponto fraco na edição é a arte do supervalorizado David Finch. Em muitos momentos é difícil diferenciar os personagens, já que Finch desenha todos com a mesma cara e enche os quadros de sombras para complicar ainda mais a vida do leitor. Ainda assim, a sequência inicial por si só já vale o preço do exemplar: narrando a história do morcego que inspirou Bruce Wayne a criar seu alter ego, ela traça um tocante paralelo entre o pobre animal e a nova fase da vida do milionário.

 Morcego globalizado

Ainda que não traga nenhuma reviravolta ou revelação bombástica, “Batman Inc” (a mais nova revista do morcego) já se mostra uma ótima adição à franquia: os diálogos escritos por Grant Morrison são, como sempre, sintéticos e afiados, e os desenhos de Yanick Paquette ecoam o estilo de Brian Hitch (“Os Supremos”), com uma pitada a mais de expressividade. Temos que tirar o chapéu para Paquette por conseguir fazer o novo design do traje do morcego parecer legal: sob o seu traço, Bruce Wayne lembra a versão mais velha, forte e pesada de “O Cavaleiro das Trevas”, facilmente diferenciável do Batman mais esbelto e acrobático de Dick Grayson.

“Batman Inc.” promete narrar a nova campanha global de Batman contra o crime, mostrando o morcego interagindo com heróis e vilões de vários cantos do mundo (como, por exemplo, uma versão menos caricatural – mas nem por isso, menos energética – do desenho “Batman – Os Bravos e os Destemidos”). A edição inaugural é ambientada no Japão e, claro, não podia deixar de mostrar Batman lutando contra um robô gigante.

 Me engana que eu gosto

 O principal título dos Vingadores aparece aqui de novo, com as mesmas ressalvas de antes: em “Avengers #7”, a nova trama bolada por Brian Bendis (que coloca o vilão Capuz à caça das poderosíssimas Jóias do Infinito) parece genial e excitante à primeira vista. Mas é preciso um esforço consciente para não deixar dois neurônios se ligarem e ter início uma linha de raciocínio que acaba derrubando toda a história como peças de dominó.

 Como o vilão sabia das jóias? Por que alguém incumbido de esconder um dos objetos mais perigosos do universo o enterraria debaixo da própria casa? E já não havia sido dito (em outra revista escrita pelo próprio Bendis) que as jóias não poderiam mais ser usadas em conjunto?

 “Avengers” é uma ótima revista para leitores com déficit de atenção: com sorte, as explosões e uniformes coloridos vão te distrair o suficiente para que não perceba que a história provavelmente não passa de um pretexto para colocar o Hulk Vermelho na equipe. Mais um esforço de Bendis para enfiar um personagem detestável goela abaixo dos leitores, como já fez antes com o Sentinela. A diferença é que o Sentinela era um ótimo personagem antes de Bendis acabar fazendo com que todos nós o odiássemos.

 


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