Busca

»»

Cadastro



»» enviar

Rápida no gatilho

por Braulio Lorentz e Rodrigo Ortega

receite essa matéria para um amigo

Após presenciarmos o show de Érika Martins e os Telecats em Belo Horizonte, chamamos Érika para um bate-papo. Mas antes da conversa, aproveitamos para gravar com Érika alguns quadros do nosso programa de rádio. As declarações mais inusitadas ficaram nessa parte, quando ela disse que Franz Ferdinand é baranga e que não gosta de nada feito pelo No Doubt. Então, fique de ouvidos apontados para a nossa versão radiofônica.

Mas, por aqui, não houve tanta polêmica e Érika foi bem mais rápida no gatilho. A vocalista e guitarrista respondeu nossas perguntinhas e explicou a formação de sua nova banda. Disse que continua sendo chamada de Penélope por alguns desavisados e aproveitou para contar sobre os sons que ouve e que estão espalhados pelo “Brasil inteiroâ€.


Érika Martins

Pílula Pop: Você toca as mesmas músicas com os Telecats há muito tempo.

Érika Martins: Tem um ano e meio mais ou menos.

Pílula Pop: Como você chegou nessas composições? E como montou a banda?

Érika Martins: Na verdade quando acabou a Penélope, eu comecei a compor. O Tom Capone [produtor que faleceu em 2004, em um acidente automobilístico] queria fazer um projeto comigo e com a Constanza [ex-tecladista do Penélope]. Aí ele meio que direcionou a coisa e disse pra fazer as músicas em um estilo que ele achava legal. É óbvio que não adianta nada direcionar, porque nunca sai como a pessoa imagina. Eu comecei a compor e saíram outras idéias. Eu já estava meio cansada do estilo da Penélope, querendo fazer coisas novas mesmo.

Pílula Pop: E o que você está ouvindo de novidade?

Érika Martins: De banda nova? Nervoso, Los Canos, que é de Salvador e eu amo. É legal porque é despretensioso, ninguém se leva a sério. É um lance divertido.

Pílula Pop: Você tem uma relação com essa cena baiana, naturalmente. E agora há uma relação com a cena carioca, também muito naturalmente. Como é mesclar essas duas coisas? Tem gente que estranha de um lado, acusa de bairrista de outro?

Érika Martins: Eu sempre ouvi tudo do Brasil inteiro. Sempre fui curiosa. Eu gosto de Rádio de Outono, de Pernambuco, e de outras coisas. Cansei de Ser Sexy eu adoro. Não é só a cena carioca. Coincidentemente eu cito algumas bandas de lá, como o Carbona. Mas tem outras bandas do Brasil inteiro. E até quando eu morava em Salvador, ouvia tudo. Eu nunca fiquei presa em uma cena.


Os Telecats

Pílula Pop: E tem muita gente que fala que o som da Penélope é melhor em comparação com Érika e os Telecats? Tem muita gente que pensa o contrário?

Érika Martins: A galera toda que gostava de Penélope migrou. Até agora eu não ouvi falar de nada.

Pílula Pop: E sobre as diferenças. Muita gente fala que era de um jeito e agora é de outro? Como é isso?

Érika Martins: Sempre vêem as linhas condutoras, que é a voz e a minha forma de compor.

Pílula Pop: Não sei se tinha muito isso, mas eu ficava com a impressão de que muita gente pensava que você era a Penélope...

Érika Martins: Isso tem até hoje.

Pílula Pop: Mesmo com outra banda, e outro nome de banda? Mesmo com Érika Martins e os Telecats continua esse negócio de te chamarem de Penélope?

Érika Martins: Sim, e eu fiz questão de colocar meu nome na banda por isso. E pensei que iam me chamar de Érika.


Érika Martins e os Telecats

Pílula Pop: Poderiam chamar de Telecats, né...

Érika Martins: É... Só faltava isso.

Pílula Pop: Mudando um pouco de assunto. Como deverá ser feita a distribuição do disco?

Érika Martins: A gente ainda está fechando distribuição e marketing. Mas o selo é o da Toca do Bandido, do Tom Capone. Soltamos também algumas músicas na Internet [O single “Sacarina†ganhou destaque no site da MTV].

» leia/escreva comentários (15)