Durante os seis minutos de "Diplomat's song", as texturas ricas e as dinâmicas que conseguem ir do dancehall ao arranjo de cordas o fazem querer ressucitar o zine que morreu em 1986. A doçura de "Taxi Cab" quase o fazem ligar para a antiga namorada que ele abandonou no mesmo ano. Mas aà vêm "California English"e "Cousins", ele ouve aquele reggae cercado pelos vinte graus negativos lá fora e volta a pensar que alguma coisa está errada.
"It struck me that the two of us could run", ele ouve na segunda estrofe de "Run", e sorri. As melodias certas em linhas tortas, as batidas esfuziantes, os teclados que imitam guitarras que imitam teclados que imitam caixinhas de música. Tudo vai surgindo como uma mesa de drinques refrescantes e coloridos servida na sua frente, exatamente o que ele precisava.
A sensação de que aquela música era dele, foi composta pensando na sua vida - tudo bem sentir isso em 1998, num quarto escuro ao som de sinfonias doce-amargas, pensou. Mas adulto, num sábado de sol escaldante, ouvindo um ska cambaleante como “Holidayâ€, era engraçado. E voltou mais uma vez em "I think ur a contra" para tentar entender o que era “ser um contraâ€, mas desistiu quando teve vontade de dançar parado de novo.
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"Você tem que escutar mais Bob Marley", ela disse despretensiosa, enquanto dirigia.