Ele queria tirar uma foto de pertinho, nem que fosse por uma tietagem terceirizada (pobre garoto, ainda bem que a bateria acabou antes de ele ver o quão ruim ficou a foto que eu tirei pra ele). Mas logo depois deve ter ficado mais satisfeito, já que uma fila de dezenas de fãs se organizou e a Mallu conversou com cada um deles.
Mas Bruno não se incomodou muito (exceto quando ela apontou o seu cofrinho, enquanto o guitarrista se abaixava para arrumar o defeito do seu pedal de guitarra, que atrapalhou bastante o show). Eles acrescentaram à banda um tecladista fixo e um trompetista em "21 dias". Sem o clima de bagunça de shows em inferninhos, a banda mostrou segurança nos instrumentos, especialmente as boas levadas da bateria de Koala.
O guitarrista Kayapy, da banda que tocou logo depois do Monno, o Macaco Bong, seria a vÃtima dessa minha história de "onde os feios não têm vez". Ele tem um cabelo de samambaia, não usa microfone nem pra dizer boa noite pro público e faz umas caras estranhÃssimas enquanto toca os melhores riffs de guitarra que eu conheço entre as bandas brasileiras atuais.
Quem se deu mal no fim, ironicamente, foi um trio de garotos bonitos e novinhos com roupas da moda e músicas idem, um rock dançante bem divertido. Umas sete pessoas, incluindo eu durante duas músicas, devem ter assistido a apresentação do Pop Armada. O resto do público estava vendo o post-rock do Hurtmold, pagando seus pecados musicais por ter visto antes uma jovem estrela da MTV. O grupo tocou um som tipo trilhas para vinhetas da MTV no começo e, com a participação de Paulo Santos, do grupo Uakti, trilhas para programas ecológicos da TVE.