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25 de Janeiro, 17:00

João Miguel

por Natália Becattini

Fotos: Natália Becattini

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O baiano João Miguel, que já atuou em filmes como Cinema, aspirinas e urubus e Cidade Baixa, acompanha de perto o festival e já é figurinha carimbada nas exibições e shows que fecham a noite. Entre uma sessão e outra, ele aproveitou para falar ao Pílula Pop um pouquinho sobre seu trabalho e a experiencia de ser o ator homenageado na mostra.

Com é ser o ator homenageado na Mostra de Cinema de Tiradentes?

No início a homenagem me soou estranha. Eu pensei: o que é que eu vou falar? Porque geralmente o homenageado é quem tá no final da vida ou já morreu. Mas depois eu entendi que essa homenagem é quase uma descatalogação da homenagem tradicional. Representa discutir as pessoas no meio do caminho, no meio do percurso. Eu me considero um ator aprendendo a fazer cinema com colegas, com pessoas que estão me levando a me descobrir. A mostra como um todo tem essa cara de discutir as vertentes do cinema brasileiro a partir da ousadia de pessoas que se colocam no risco.

Três trabalhos seus estão sendo exibidos no festival: Deserto Feliz, Mutum e Estômago. Algum desses filmes te marcou em especial?

Não. Os três tem significados importantes por terem sido feitos em lugares diferentes, com diretores de vários estados diferentes e discutindo coisas diferentes. Então eu tenho o maior carinho por todos, porque como ator é muito importante se deslocar, conhecer seu próprio país para poder falar das histórias.

Estômago é o último filme a ser exibido na Mostra. O que podemos esperar dele?

Estômago fala sobre Raimundo Nonato, um cozinheiro que saí da cidade pequena para a cidade grande em busca de sucesso e acaba se dando mal. Fala de comida, de poder, de sexo e fala desse cara que vai, de alguma maneira, ganhando poder através da comida. É bem interessante.

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