A relação de brasileiros com o seriado Lost não se restringe à breve estada de Rodrigo Santoro na ilha. A ligação do pop rock com a trama da mesma forma não se limita à presença do ex-rockstar Charlie (interpretado pelo ex-hobbit Dominic Monaghan), lÃder da banda fictÃcia Drive Shaft.
"Acho que o Lost tem paradas alegóricas que acompanham o nosso gosto lúdico pelo misticismo", ressalta Diogo Valentino, baixista do Supercordas. Prova de que não apenas sapos, folhas e outros "Seres verdes ao redor", nome de seu segundo CD, habitam o universo de referências da banda carioca. Mas Valentino deixa claro que os ambientes úmidos de outras ilhas, as da baÃa de Paraty – cidadela onde o Supercordas nasceu – são bem mais influentes. "Mas que Lost dá um gostinho de querer mais, é verdade", reconhece.

Charlie, dono do hit "You All Everybody"
Outros admiradores confessos de Lost são os paulistas do Ludov. Duas músicas do recém-lançado segundo álbum do grupo, Disco Paralelo, ganharam os nomes de "Ciência" e "Sobrenatural". Para completar, a série é citada como influência no release do novo CD.
Ao ser perguntado sobre a relação das faixas com o famoso seriado, o guitarrista Mauro Motoki dá risada e emenda: "Looost". É fácil imaginar o locutor das chamadas do canal pago AXN, que exibiu o fim da terceira temporada no Brasil. Habacuque Lima, baixista do Ludov, é mais prolixo. "Não há relação direta, né? Mas indiretamente... Máquina do tempo, bola de cristal... Quem sabe, né?", conclui sem concluir, tal qual J.J Abrams, o criador de Lost.