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-- Medo -

Falando de: um lugar bem espaçoso e iluminado

por Daniel Oliveira

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Estou tão cansado de adaptações estúpidas de filmes japoneses e remakes desnecessários de longas cada vez mais recentes, que admito: minha paixão por filmes de terror andava abalada. Andava até ontem, quando assisti a “Abismo do medoâ€. Acredite: se você é uma mocinha que treme as pernas ao ver uma menina japonesa cabeluda fazendo um barulho chato, vai se cagar de medo com essa pérola inglesa.

O filme tem referências a “Alien†e até “Apocalypse nowâ€. E o diretor Neil Marshall usa de praticamente todos os elementos para te fazer gritar, encolher na poltrona e, sério, chamar sua mãe. Vou parar por aqui que eu ainda vou escrever a resenha e postar logo. Mas o que importa: NÃO PERCAM ESSE FILME. Fazia tempo que eu não escutava a galera gritando tanto (e não de farra, mas de medo) em um cinema.

Gostei tanto de “Abismo...†que sobrou pouco espaço para o resto. “Elegia ao duplo suicídio†é um conjunto de boas idéias que se perdem em um monte de outras péssimas. O filme começa ruim, fica bom e, no final, o diretor Toru Kamei consegue se perder de novo.

Esse é o mesmo mal de que padece o belo “O arcoâ€. Kim Ki-Duk é foda. O cara consegue fazer uma história ultra-simples da forma mais bonita possível. A trilha, a fotografia e a direção de arte são de chorar. Mas ele exagera naquele final. Não precisava. Prefiro “Casa vaziaâ€.

E hoje à tarde, assisti a “Lua e cerejaâ€. Japonês camp e pop ao máximo. Se você, como eu, consegue rachar de rir de um cara tímido em crise, porque se sente usado sexualmente por uma mulher, vai se divertir. O filme do diretor Yuki Tanada se apóia nessa inversão e tira suas melhores piadas daí. E só. Tão leve que chega a ser quase superficial. Mas divertido.

Deixa eu ir que ainda quero ver “O macaco nu†hoje. E não saiam por aí explorando cavernas que vocês não conhecem, ein? Por favor.

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