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Os nossos prêmios!
Porque as nossas pílulas são mais douradas que as pílulas dos outros

por Daniel Oliveira

Fotos: Paulo Lacerda

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Um festival de curtas é feito de muito mais do que aquilo que aparece na tela. Acompanhe abaixo os melhores prêmios do festival, que a gente duvida até se a nova e empolgada apresentadora teria coragem de anunciar lá no palco.

Prêmio “Tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo...â€

À jovem e talentosa protagonista de “Love this timeâ€, que toca o coração do espectador em cada plano em que aparece.

Menção Honrosa “Do iu spik ingrish?â€

À tradução de “Love this time†como “Ame neste momentoâ€. Juro que quem traduziu isso não assistiu ao filme.

Prêmio “Participação especialâ€

À Exposição “Picasso: Paixão e erotismoâ€, que dividiu o espaço das filas com o Festival de Curtas. Rolava uma interação legal. Papo cult, sabe?


Prêmio “Super(mad)man returnsâ€

O louco do Festival de curtas, introduzido no ano passado, e que nesse ano deu as caras novamente. Convenhamos, começar a reclamar gritando no meio dos curtas não é para qualquer um.

Prêmio “Revelação 2006†e Menção Honrosa “A mais aplaudida do Festivalâ€

A nova hostess, Ana Flávia Rennó, que fazia da introdução a cada programa um espetáculo à parte.

Prêmio “Pausa para a cochiladaâ€

Daniel Queiroz, da curadoria da Competitiva Nacional e da sala Humberto Mauro, que falou as mesmas coisas todos os dias ao apresentar as seleções brazucas. Zzzzzz.....

Prêmio “Meu estômago cinéfilo agradeceâ€

Ao moço da pipoca grátis na saída da sessão que, depois de alguns dias de reclamações, chamou sua esposa, a moça da pipoca, para ajudar.


Prêmio “Miramax das alterosasâ€

À Produtora Teia, de Belo Horizonte, com vários curtas na competitiva e uma programação especial só para ela.

Prêmio “Peninhaâ€

A qualquer um que tenha chegado cinco minutos antes da distribuição de ingressos, ou da sessão, e perguntado: “onde é o final da fila� Volta aí depois.

Prêmio “Um homem de consciênciaâ€

Empate técnico entre o inglês Daniel Lang, diretor de “Dogâ€, e o aleijado protagonista de “Justiça ao Insultoâ€.

Prêmio “Bom, Bonito e Baratoâ€

Lectures, uma boa idéia realizada em seis minutos, com uma câmera de celular, por Consuelo Lins.

Prêmio “Shortcut deathmatchâ€

O ultra-sarcástico “Sal grossoâ€, dos cariocas Andre Amparo e Ana Cristina Murta, versus o pedante e picareta “Je suis Jean Cocteauâ€, dos também cariocas Cristina Pinheiro e André Scucato.

Prêmio “Curta insolenteâ€

Ao arrevesado “O Monstroâ€, de Eduardo Valente. Ele bate, não sopra e fica te encarando. Quando você vai esboçar uma reação, ele vai embora e não volta mais...

Prêmio “Puxa um banquinho, fica mais um pouco...â€

Ao delicioso “Viva voltaâ€, da paranaense Heloísa Passos, e suas seqüências musicais, que te deixam com uma tremenda água na boca...

Prêmio “Brokeback mountain de bolso ou versão colegialâ€

Ao curta “O diário aberto de R.â€, do paulista Caetano Gotardo.

Prêmio “Deus por favor apareça na competiçãoâ€

Jean Douchet e Alan Bergalat, membros dos Júris e críticos da revista Cahiers du cinéma (dobre-se três vezes, dê duas voltinhas e faça cinco Em-nome-de-Welles ao dizer esse nome).

E o prêmio “Óleo de Perobaâ€

Ao repórter que perdeu a credencial e que chegou para o montador de “Eletrodoméstica†ao final da sessão e pediu: “Dá para me mandar a versão do Eu queria morar em Beverly Hills que toca no filme?â€. Ele me prometeu. Estou esperando.

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