Um festival de curtas é feito de muito mais do que aquilo que aparece na tela. Acompanhe abaixo os melhores prêmios do festival, que a gente duvida até se a nova e empolgada apresentadora teria coragem de anunciar lá no palco.
Prêmio “Tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo...â€
À jovem e talentosa protagonista de “Love this timeâ€, que toca o coração do espectador em cada plano em que aparece.
Menção Honrosa “Do iu spik ingrish?â€
À tradução de “Love this time†como “Ame neste momentoâ€. Juro que quem traduziu isso não assistiu ao filme.
Prêmio “Participação especialâ€
À Exposição “Picasso: Paixão e erotismoâ€, que dividiu o espaço das filas com o Festival de Curtas. Rolava uma interação legal. Papo cult, sabe?
Prêmio “Super(mad)man returnsâ€
O louco do Festival de curtas, introduzido no ano passado, e que nesse ano deu as caras novamente. Convenhamos, começar a reclamar gritando no meio dos curtas não é para qualquer um.
Prêmio “Revelação 2006†e Menção Honrosa “A mais aplaudida do Festivalâ€
A nova hostess, Ana Flávia Rennó, que fazia da introdução a cada programa um espetáculo à parte.
Prêmio “Pausa para a cochiladaâ€
Daniel Queiroz, da curadoria da Competitiva Nacional e da sala Humberto Mauro, que falou as mesmas coisas todos os dias ao apresentar as seleções brazucas. Zzzzzz.....
Prêmio “Meu estômago cinéfilo agradeceâ€
Ao moço da pipoca grátis na saÃda da sessão que, depois de alguns dias de reclamações, chamou sua esposa, a moça da pipoca, para ajudar.
Prêmio “Miramax das alterosasâ€
À Produtora Teia, de Belo Horizonte, com vários curtas na competitiva e uma programação especial só para ela.
Prêmio “Peninhaâ€
A qualquer um que tenha chegado cinco minutos antes da distribuição de ingressos, ou da sessão, e perguntado: “onde é o final da fila� Volta aà depois.
Prêmio “Um homem de consciênciaâ€
Empate técnico entre o inglês Daniel Lang, diretor de “Dogâ€, e o aleijado protagonista de “Justiça ao Insultoâ€.
Prêmio “Bom, Bonito e Baratoâ€
Lectures, uma boa idéia realizada em seis minutos, com uma câmera de celular, por Consuelo Lins.
Prêmio “Shortcut deathmatchâ€
O ultra-sarcástico “Sal grossoâ€, dos cariocas Andre Amparo e Ana Cristina Murta, versus o pedante e picareta “Je suis Jean Cocteauâ€, dos também cariocas Cristina Pinheiro e André Scucato.
Prêmio “Curta insolenteâ€
Ao arrevesado “O Monstroâ€, de Eduardo Valente. Ele bate, não sopra e fica te encarando. Quando você vai esboçar uma reação, ele vai embora e não volta mais...
Prêmio “Puxa um banquinho, fica mais um pouco...â€
Ao delicioso “Viva voltaâ€, da paranaense HeloÃsa Passos, e suas seqüências musicais, que te deixam com uma tremenda água na boca...
Prêmio “Brokeback mountain de bolso ou versão colegialâ€
Ao curta “O diário aberto de R.â€, do paulista Caetano Gotardo.
Prêmio “Deus por favor apareça na competiçãoâ€
Jean Douchet e Alan Bergalat, membros dos Júris e crÃticos da revista Cahiers du cinéma (dobre-se três vezes, dê duas voltinhas e faça cinco Em-nome-de-Welles ao dizer esse nome).
E o prêmio “Óleo de Perobaâ€
Ao repórter que perdeu a credencial e que chegou para o montador de “Eletrodoméstica†ao final da sessão e pediu: “Dá para me mandar a versão do Eu queria morar em Beverly Hills que toca no filme?â€. Ele me prometeu. Estou esperando.