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Cinemão, no melhor sentido

O Pílula premia no 8º Fest Internacional de Curtas de BH

por Rodrigo Campanella

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Nesse primeiro ano em que o Festival de Curtas de BH abriu suas inscrições para trabalhos finalizados em vídeo, o número de trabalhos enviados para seleção foi às alturas. Foram mais de 850 curtas concorrendo a um lugar na mostra nacional ou internacional. E se a textura da película na tela grande ainda é insuperável, a qualidade e ousadia dos curtas em vídeo provou que a decisão foi acertada. Não à toa, dois dos trabalhos em nossos cinco melhores estão em formato digital. Textura é muita coisa, mas não é tudo.

Na mostra nacional, a comissão de seleção optou pela ousadia. Em vez de um grande número de trabalhos medianos de ficção, como ocorreu em outros anos, o privilégio em 2006 foi dado a curtas de experimentação, tanto na linguagem quanto na narrativa. A opção é um mérito, ainda que a seleção tenha deixado a desejar.

Como já foi dito lá nos diários do festival de 2006, no qual acompanhamos o evento dia-a-dia, a grande dificuldade de um evento como esse é casar a formação de público com o espaço para experimentação. As opções para assistir curtas não são muitas e o circuito de cinema (ainda mais de graça), é muito restrito.

Festivais como esse, que bom, atraem muita gente que habitualmente nem vai ao cinema, e é preciso pensar nesse público. Ao mesmo tempo, o festival é o local por excelência de experimentar e sair de um circuito comercial. E ainda, de fazer compreender que comercial não significa ruim e experimental bom. É um espaço para entrar com a cabeça aberta e sair com ela doendo de tantas idéias, mas satisfeito.

Antes de qualquer coisa, é preciso lembrar que um festival é um planeta próprio, um pouco deslocado em relação àquilo que se pode chamar de cotidiano ou de “vida realâ€. Nada mais justo que alguns prêmios para esse mundo particular. Por isso, primeiro você confere a nossa própria premiação do que aconteceu de melhor (e de mais impróprio) nesses nove dias de festival:

O Pílula Premia! no 8º Festival de Curtas de BH

Depois, aqui embaixo, você encontra a nossa seleção dos cinco melhores curtas de toda a competitiva brasileira. Trabalhos mais que bacanas que, para além de experimentarem e apontarem tendências, são filmes completos em si e que fazem aquela boa ponte que é dizer algo interessante de um modo que não foi dito antes. E isso te deixar com um sorriso na cara e um aperto na garganta.

Com os nomes na mão, a nossa recomendação é uma busca pela Internet ou procurar aquele amigo seu que trabalha numa produtora de vídeos. Os melhores filmes sempre estão por aí. Bons curtas!

PS: Em breve, o Pílula fecha a cobertura do 8º Festival com uma matéria cheia de links para assistir as boas surpresas que a gente encontrou por lá. Volta aí depois!

OS MELHORES:
Kalashnikov
Frequência Hanói
Viva Volta
Eletrodoméstica
De Glauber para Jirges

Menção "Não dá pra não comentar" - O Monstro

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