Enfiando o pé na lama em
“Lavoura Arcaicaâ€.
O versátil Selton Mello praticamente nasceu atuando. Já passou por comerciais de TV, novelas, cinema – atuou, dirigiu e produziu – além de apresentar um programa de entrevistas. O multi-artista, irmão do também ator Danton, é hoje um nome consagrado, figurando no
hall de atores que escolhe a dedo os papéis e projetos.
Selton Figueiredo Mello nasceu em Passos, Minas Gerais, em 30 de dezembro de 1972. Filho de uma dona de casa e um bancário, começou
pequenininho na TV em 1981, no seriado “Dona Santaâ€. Depois, foram vários papéis em novelas e séries de sucesso - como “Os Maiasâ€,
A Comédia da Vida Privada e “Os Normaisâ€. Novelas foram poucas. Selton gostava mesmo do teatro e da Sétima Arte.
No cinema, já são mais de 20 filmes. Fã do ator americano
Johnny Depp, Selton parece ter se inspirado no colega de profissão na escolha de papéis irreverentes e marcantes, como o Chicó de “O Auto da Compadecida†ou o Leléo de “Lisbela e o Prisioneiroâ€, ambos do pernambucano Guel Arraes. Ele ainda atuou em cults como “Lavoura Arcaica†e “Ãrido Movieâ€.
Seu primeiro papel no cinema, porém, foi num filme dos Trapalhões de 1990: “Uma Escolha Atrapalhada†– o mais legal (quer dizer, na minha época de criança eu achava legal), comprovando que tudo o que Selton toca vira ouro... ou quase. Em seguida, vieram trabalhos adultos e de cunho sócio-polÃtico, como “Lamarca†e “Guerra de Canudosâ€, ambos de
Sergio Rezende, e “O que é Isso Companheiroâ€, de Bruno Barreto.
Em outras praias, Selton também já dublou filmes e desenhos, como o Charlie Brown do
Snoopy e o Imperador Kuzco do ótimo “A Nova Onda do Imperadorâ€. O trabalho de Selton ficou tão bom que há quem ache a versão dublada melhor do que a original. Ainda na camisa de multi-artista, o moço dirigiu videoclipes de bandas como o
Ira!, produziu dois filmes (O Cheiro do Ralo e Garotas do ABC), e ainda dirige e apresenta o
Tarja Preta, em que entrevista personalidades de cinema e cultura.
Com tantas funções, não é de se admirar o sucesso e respeito no mundo artÃstico. E a fama já ultrapassa fronteiras. Recentemente, Selton foi convidado pelo diretor
Stephen Frears para o papel de Jean Charles de Menezes, brasileiro confundido com terrorista e morto pela polÃcia britânica em agosto de 2005, num filme ainda sem tÃtulo. E, ufa, Selton estreará como diretor de longa-metragem em “Feliz Natalâ€, dirigindo o grande amigo, e também cult,
Leonardo Medeiros. Qual será o próximo passo de Selton Mello? Aposte em conquistar o mundo.
Jece Valadão não morreu.