Lasseter abre um sorriso
envergonhado...
Toda vez que um filme da Pixar começa, ele presta uma homenagem à s próprias raÃzes. Foi com aquela luminária que entra pulando na tela que a história toda começou.
Em 1984, John Lasseter resolveu deixar seu emprego como animador na Disney. Seu destino foi a Graphics Group, integrante da divisão de efeitos especiais da Lucasfilms, de George Lucas. Precisando de alguns milhões, em pouco tempo Lucas venderia a Graphics para Steve Jobs (o fundador da Apple), que faria do lugar uma nova empresa, chamada Pixar.
A princÃpio, a Pixar trabalhava com equipamentos e programas para tratamento de imagens, mas só afundava no mercado. Tentando reverter a situação, Lasseter começou a fazer projetos em animação para mostrar o potencial dos produtos da Graphics Group – e também propagandas publicitárias, para colocar dinheiro no caixa da empresa. Ele já havia finalizado um primeiro curta na Lucasfilms, “The Adventures of André and Wally B.â€, mas foi com a luminária que tudo começou a mudar.
“Luxo Jr.â€, a pequena história de um pai-luminária e seu filho-luminariazinha foi o primeiro curta a ser produzido sob as asas da Pixar. Aos poucos, a prioridade da empresa passaria a ser o que ali se produzia de melhor: animações. A empresa lançou mais um curta em cada um dos próximos três anos, além de propagandas em animação. Impressionada com o trabalho (e muitos prêmios), a Disney correu para propor uma aliança: a Pixar aceitou produzir no mÃnimo três filmes para a empresa do Pato Donald.
Se a parceria rendeu toneladas de dinheiro para a Disney, rendeu também muita grana e prestÃgio para os pixarianos. “Vida de Insetoâ€, “Monstros SA.â€, “Procurando Nemo†e “
Os IncrÃveis†foram um estouro de bilheterias e elogios por todo canto. Também pudera: a Pixar tinha levado o padrão Disney de animação para outro nÃvel – tanto visual quanto de inteligência e ironia. E, ironicamente, um dos programas de maior sucesso no mercado de tratamento de imagens é um produto Pixar – o RenderMan.
Junto dos longas, os curtas continuavam passando a sacolinha e recolhendo prêmios: “Geri´s Game†e “For the Birds†são clássicos instantâneos – uma boa idéia, um mÃnimo de recursos e uma lição de animação.
E aquele mesmo John Lasseter voltou para a Disney, em 2006 – para ser Chefe da Divisão Criativa dos Estúdios Disney e Pixar. O posto faz parte de um negócio em que, por 7.4 bilhões de dólares, a Disney comprou a Pixar. Na verdade, uma troca de ações, onde para ganhar a parceira/rival, a Disney entregou um pedaço dela mesma. Na corrida do ouro animado, a Disney fez sua aposta para ser a nova Pixar antes que o contrário se tornasse verdade.
...mas se sente muito à vontade em casa.