"Eu era assim...."
5 coisas que você deveria saber se ainda não sabe nada sobre os 4 filmes
1) A Pedra Filosofal – J. K. Rowling estava desempregada, fudida e com uma filha pequena pra criar. Diante da dura realidade, a ficção foi mais acolhedora. Percebeu-se escrevendo as aventuras de um sucesso que nem ela tinha como imaginar. O primeiro livro nos apresenta Harry Potter, órfão que descobre sua origem quando é convidado a iniciar seus estudos numa escola de bruxaria. A Pedra Filosofal que Rowling descobriu não lhe concederá imortalidade, mas colocará seu nome na história.
2) A Câmara Secreta – Qual o segredo desse sucesso? O que há escondido nas páginas que enfeitiçam crianças e adultos? O segundo livro corresponde ao segundo ano da passagem de Harry por este “Ensino Fundamental/Médio†da Magia. É curioso ver que alguns tomam antipatia dos livros e seu mundinho mágico sem conhecê-lo. É ainda mais curioso ver estes mesmos elogiarem veementemente o mundo mágico do Senhor dos Anéis.
3) O Prisioneiro de Azkaban – Vencido o preconceito, a leitura é dinâmica e a narrativa envolvente. O que faz do leitor prisioneiro é a presença dos melhores elementos dos livros de suspense, o roteiro bem amarrado e bons personagens. A saga de Harry Potter é Hollywood até os ossos. E isso é bom. Na eventual “sétima sérieâ€, o protagonista descobre no tal prisioneiro o homem que entregou seus pais para a morte.
4) O Cálice de Fogo - O primeiro filme deixou um pouco a desejar, o segundo foi melhor e o terceiro foi um bom filme. Por que acreditar que estamos em um crescente contÃnuo? Porque é visÃvel que não apenas o personagem envelhece: a trama, a esta altura, já é praticamente adulta. Na Inglaterra e Estados Unidos a censura foi, inclusive, mais restritiva para com os pequenos fãs da série.
5) A Ordem da Fênix –O clima das histórias vem se tornando homogeneamente mais sombrio a cada livro/filme, e isso tem acrescentado qualidade. De modo que mesmo os teimosos, quando se permitem a aventura de encarar os novos filmes, têm descoberto algo interessante, seja nos efeitos visuais, seja no ritmo da ação, seja um estÃmulo a mais para se interessarem pelos livros.
Pra encerrar, duas coisas:
- É burrice esperar de Harry Potter algo que ele não se propõe. Não é um filme de arte, assim como o livro não é um romance. É entretenimento puro. Da mesma forma, é perda de tempo ir ao cinema querendo ver o livro na tela grande. Cinema e literatura têm linguagens diferentes, e só o essencial sobrevive aos cortes pra caber em 157 minutos de projeção.
- E há uma defesa que precisa ser feita: num paÃs onde se lê cada vez menos, criticar a ausência de “profundidade literária†dos livros de J. K. Rowling é insignificante perto do benefÃcio de ver as crianças largando os games, celulares, digimons ou qualquer outra coisa para tomarem contato com essa tecnologia alienÃgena e estranha ao brasileiro - o livro.
"Mudar eu não mudei tanto. Mas meus movimentos radicais, quanta diferença."