Busca

»»

Cadastro



»» enviar

Madonna

por Leonardo Sales

receite essa matéria para um amigo


O clássico beijo em Britney
O imaginário cultural da década de 80 não teria sido o mesmo sem aquela garota de visual punk e voz açucarada. Em uma época onde a cena musical era invadida por temas politizados, Madonna resgatou a sonoridade da disco e black music em seu primeiro disco, falando de paixões e frustações amorosas, como em "Boderline" e "Holiday".

Em 1984 o mundo pop foi presenteado com uma noiva sensual que saía de dentro de um bolo no MTV Video Music Awards, cantando "Like a Virgin", faixa do álbum mais vendido por uma cantora em todos os tempos. Dois anos depois, já com uma legião de fãs conquistada em todo o mundo, Madonna lançou seu terceiro álbum, True Blue. Revelando aspectos de sua conturbada vida pessoal, o disco nos brindou com "Papa don't preach", "Live to tell" e "La isla bonita".

Em 1989, muitos se perguntavam se Madonna estaria se retratando, deixando de lado sua ousadia. Mas o clipe da faixa título de "Like a prayer" calou as dúvidas da mídia e deixou a igreja católica boquiaberta.

Já nos anos 90, o filme Dick Tracy, com Madonna no elenco, revelou o sucesso "Vogue". Em 1992 o lançamento de Erotica e do livro "Sex" causaram tormenta em todo o mundo, estarrecido com a enxurrada de temas polêmicos que permearam esta fase de sua carreira.

Após um período de profundas mudanças em sua vida pessoal, como o nascimento de sua filha Lourdes Maria, sua conversão à cabala e o Globo de Ouro de melhor atriz por Evita, ela se lançou no universo da música eletrônica experimental. Com letras sérias, místicas e embaladas em suaves acordes de violão, o cultuado Ray of Light foi lançado em 1998 e saudado como um dos melhores álbuns de sua carreira.

Na virada do milênio, Madonna ignorou as profecias que corriam à época. Com um chapéu de cowboy, brindou a nova era com "Music". Criticando a futilidade norte-americana e a política de George W. Bush, American Life, de 2003, não foi bem recebido pela crítica e pelo grande público, amargando fracasso de vendas.

Mas, em 2005, Madonna mostoru que a dance music é mesmo a matéria-prima de seu DNA. Confessions on a dance floor é um retorno à era disco, com contornos modernos de house music. O processo ganhou continuidade em Hard Candy, lançado este ano, com pitadas generosas de hip-hop.

Assim, o rótulo ou a coroa de rainha do pop até pode lhe cair bem como reflexo da grandiosidade de sua carreira, mas na verdade, Madonna, vanguardista, sempre soube que seu lugar é nas pistas de dança dos lugares mais antenados. É de lá, provavelmente, que surgirão as tendências que vão ditar os rumos da sua música nos próximos anos.

Má donna
Discografia:

» leia/escreva comentários (7)