The winter is coming. E se o inverno ainda nem chegou e já aconteceu tudo isso, mal podemos esperar pelo que as próximas temporadas de “Game of Thrones” nos reservam. Para aqueles (como eu) que nunca leram os gigantescos livros da saga criada por George R. R. Martin, a série foi a apresentação a um sensacional universo fantasioso composto por sete reinos e muita intriga política.
Para quem já conhecia a história, imagino que tenham tido o prazer de ver os personagens em carne e osso desfilando pela fantástica direção de arte da série, com o típico padrão HBO de qualidade. “Game of Thrones” teve uma primeira temporada fascinante, com um tratamento realista da fantasia, personagens dúbios e muitos momentos inesquecíveis. O Pílula resolveu tentar compreender o fenômeno e lista aqui alguns dos motivos que fizeram da série a melhor novidade da televisão neste primeiro semestre de 2011. Se ainda está perdendo seu tempo e não assistiu à “Game of Thrones”, pare de ler e vá para a tv. Você irá se arrepender com a quantidade de spoilers logo abaixo.
– Trilha sonora fodástica
A música do alemão Ramin Djawadi na série é emocionante na medida certa. Nem é chocha e nem é exagerada. Épica e com inspiração celta, a trilha consegue ao mesmo tempo trazer o reconhecimento de uma época passada e também causar o estranhamento de um mundo que nunca existiu. O pupilo de Hans Zimmer já havia feito musicas adicionais para o primeiro “Piratas do Caribe” e “Batman Begins”. Assumiu a trilha de “Homem de Ferro” e “Fúria de Titãs” e na televisão já havia se destacado com “Prison Break”. Em “Game of Thrones” os temas criados pelo compositor auxiliam na composição das cenas, muitas vezes de forma imperceptível. Mas quando a música sobe, é de arrepiar.
– Cliffhangers matadores
O que dizer dos melhores ganchos de um episódio para o outro desde “Lost”? Já no final de “Winter is Coming”, o primeiro da temporada, ficamos com aquela de cara de “Hein? Não acredito!”, logo após ver os irmãos Lannister transando e Jaime (Nikolaj Coster-Waldau) empurrar o pobre Bran (Isaac Wright) para uma queda semifatal. E isso foi só o início de vários finais que envolviam descobertas de herdeiros do trono, mortes inesperadas e… dragões!
– Tyrion Lannister
Peter Dinklage é um show a parte. O ator dá ao seu Tyrion um jeitão “cool na Idade Média”, estabelecendo-se como um personagem intrigante que mistura um pouco da malandragem de Jack Sparrow com o cinismo de Benjamin Linus e o bon vivant estratégico de James Bond. O anão vai de um lado para o outro sem escrúpulos, ao mesmo tempo em que vez ou outra demonstra uma tocante sensibilidade. Membro da família mais odiada de Westeros, é o personagem que melhor representa toda a dualidade moral da série. E pelo andar da carruagem, Dinklage vai colecionar prêmios ao longo das temporadas.
– Tudo – mas tudo mesmo! – pode acontecer
Essa só funciona para quem não leu os livros. Mas é impressionante como Martin criou uma história que é realmente surpreendente. Não se pode confiar em ninguém e nem adianta tentar adivinhar o que cada personagem vai fazer. A história segue um caminho que desfaz expectativa atrás de expectativa: quem é herói vira vilão, e quem era personagem principal vira coadjuvante. Tudo depende do ponto de vista. O clima de incertezas foi cuidadosamente construído ao longo de toda a temporada, mas ninguém estava preparado para o choque que foi o nono episódio. “Baelor” foi um tapa na cara, um soco no estômago, uma cusparada na nossa ingenuidade ao lidar com as fantasias midiáticas. Ned Stark (Sean Bean) é o grande herói da série e Khal Drogo (Jason Momoa) é o vilão, certo? Errado. A partir dali, todo mundo ficou sem chão. E a série conquistou de vez a imprevisibilidade.
– Sensualidade e violência à moda HBO
Depois de nos acostumarmos a tantas fantasias assexuadas e sem sangue, “Game of Thrones” entregas corpos desnudos, cabeças cortadas, incesto, crianças mortas, estupro e sexualidade à flor da pele. Ninguém é de ninguém, e quando não se está matando ou conspirando, está transando. Lembra “Roma”, outra série da HBO que tratava de disputas políticas banhadas a sexo e sangue. Mas por se tratar de um mundo fantasioso, a violência e a sensualidade têm a importante função de deixar tudo ainda mais realista. Melhor assim.
Com os dez episódios apresentados, a primeira temporada da série chegou ao fim, e 2012 nunca pareceu tão distante. Agora só resta esperar, pois o inverno está chegando. E você, tem outros motivos que fazem de “Game of Thrones” a melhor novidade de 2011 até agora?
5 respostas para “5 motivos que fazem de Game of Thrones a melhor novidade da tv”
ODEIO O ANÃO LANNISTER – 1 membro.
Também não curto o anão. A moça com o Dragão é 1000x mais interessante.
No mais, ótimo post. A série é boa demais.
Não vi tudo, faltam cinco episódios, mas tô amando o anão.
[…] agora confirma a contratação de Peter Dinklage (o anão Tyrion Lannister de “Game of Thrones”) para o […]
[…] Além disso tudo, as origens – gregas – de Artemísia também são contadas. E só servem para mostrar como a galera de Aristóteles não era mesmo muito chegada no sexo oposto. Há ainda uma relação entre pai e filho, cuja mãe nunca aparece – porque ela é uma mulher. E para o cheiro de cueca tanguinha peluda não dominar totalmente, o filme é narrado pela rainha Gorgo (mas só porque Lena Headey virou musa nerd após “Game of Thrones”). […]